Uma das tarefas mais importantes do jornalismo é a apuração. Aquela arte de ficar horas, as vezes até dias, pendurado no telefone, batendo perna por aí com o objetivo de descobrir se o que te contaram é verdade. Talvez aí esteja a principal diferença entre jornalismo e fofoca. As semelhanças entre essas duas formas de comunicação são muitas: primeiro a proximidade e interesse do interlocutor (ninguém quer saber de algo que aconteceu com a prima do vizinho do namorado da amiga do tio da minha colega). Até que se for uma coisa muito fora do comum vale dar uma espiadinha. No jornalismo, isso se chama critério de noticiabilidade. Outra tática é o início da narrativa, o " menina nem te conto" é extremamaente chamativo. Assim como o primeiro parágafo do texto jornalístico( pelo menos deveria ser). Mais uma vez digo são muitas as semelhanças, mas neste texto não me cabe descrevê-las. Como anunciado anteriormente, prefiro me dedicar a principal diferença a apuração. Na fofoca, cabe passar pra frente uma informação meio suspeita. No jornalismo NÃO.
A Wikipedia descreve o ato de apuar como "etapa do processo da produção jornalística no qual se busca informações que podem ou não ser empregadas no texto final. A apuração é normalmente associada a matérias, mas qualquer conteúdo jornalístico exige alguma apuração.Ir até o local dos acontecimentos, buscar documentos, entrevistar fontes, ou realizar pesquisas de qualquer tipo são os métodos de apuraração. No caso das matérias jornalísticas, a pauta pode ser considerada o ponto de partida da apuração. No caso dos veículos impressos, o que sucede a apuração é a redação e, idealmente, a confirmação das informações apuradas".
Essa explicação gigantesca fala da apuração como prática jornalística, mas nada fala da falta dela durante o processo. A publicação de uma informação errada pode ser responsável por um estrago sem volta. Quem não se lembra do caso da escola infantil?
Mas essa enrolação toda é só para indicar a leitura de uma entrevista feita com o jornalista Caco Barcelos, que por trabalhar com jornalismo investigativo ( na minha opinião, termo redundante já que todo jornalismo carece de investigação. Mas isso é tema pra outa conversa!) sabe bem da importância da aupração. A entrevista foi feita pela Revista PJ:Br em julho deste ano. Para ler é só acessar este link aí :http://www.eca.usp.br/pjbr/arquivos/entrevistas10.htm
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Alternativas
Achei esse texto publicado em 2005, já demonstrando uma preocupação com o futuro do Jornalismo Impresso, fazendo as considerações que hoje já conhecemos bem...
Adaptação da mídia impressa
O editor do Observatório da Imprensa Online, Luiz Egypto, fala dos desafios criados à mídia impressa após o advento do jornalismo na internet.
Egypto:
- Cinco anos atrás, no estouro da bolha pontocom, os executivos de mídia quebravam a cabeça para descobrir qual seria o modelo econômico do jornalismo na internet. Hoje, com a crescente consolidação dos meios digitais, a pergunta que se faz é outra: qual será, daqui a cinco anos, o modelo econômico do jornalismo impresso?
O jornalismo está mudando em função da crescente simbiose das mídias. E muito embora o jornal em papel seja insubstituível, por motivos vários, alguns deles correrão sérios riscos de sobrevivência caso não se adaptem aos novos tempos.
O desafio é grande. Alguns dos diários mais importantes do mundo já trabalham na fusão de suas redações “de papel” com as de internet. Mas a questão que ainda assalta a todos diz respeito a como gerar valor a partir dos conteúdos oferecidos na Web.
Na economia digital, quanto maior o número de utilizadores, a um custo próximo do zero, maior o valor do produto ou serviço. Por enquanto parece difícil entender isso. E os próximos anos prometem fortes emoções para a imprensa.
texto retirado de: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/oinoradio.asp?id={301C7B19-8074-4EEA-9915-F78B165DB3FE}&data=200512
Resolvi então procurar quais foram algumas alternativas que surgiram e coloquei aqui as que eu considerei mais interessantes...
Retiradas de: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/net_arquivo.asp?edi_i=350&edi_f=359
CNN Pipeline
CNN na rede O novo serviço de vídeo da CNN chamado Pipeline conta com quatro canais de
vídeo com conteúdo pago noticioso exclusivo na web. O serviço tem como público alvo as pessoas
que estão em escritórios e não têm uma televisão por perto. Com isso, a emissora segue sua
estratégia de construir uma "CNN web", disponibilizando vídeos ao vivo, arquivos e clipes das
notícias. Para os internautas usarem o CNN Pipeline, os assinantes precisarão fazer um download
de um video player. Por enquanto, é possível assistir a uma demonstração gratuita. Em inglês.
Google news em português
A versão em português do serviço de notícias online do Google, o Google News, coleta notícias de
mais de 200 veículos online do Brasil e de Portugal, que são atualizadas a cada 15 minutos. As
matérias são separadas nas editorias de Saúde, Entretenimento, Esportes, Ciência e Tecnologia,
Negócios, Brasil e Internacional. O internauta pode optar por criar um layout personalizado, de
acordo com os assuntos e editorias de seu maior interesse, e por receber atualizações via e-mail
sobre os assuntos definidos por ele.
Newsacademic
Jornal internacional para crianças O Newsademic é direcionado às crianças e àqueles que estão
estudando inglês como língua estrangeira. O jornal tem como objetivo educar e informar sobre
temas internacionais do dia-a-dia. O Newsademic é distribuído por e-mail a cada quinze dias e
pode ser lido na tela ou impresso. Não são publicados anúncios, nem artigos sobre televisão,
esportes, jogos, ou cultura popular. O foco é nos eventos internacionais que afetam o mundo em
que vivemos. Os países que aparecem nas matérias são mostrados em um mapa mundial. O
jornal é exclusivo para assinantes, mas um exemplar gratuito pode ser visto em seu sítio. Em
inglês.
Adaptação da mídia impressa
O editor do Observatório da Imprensa Online, Luiz Egypto, fala dos desafios criados à mídia impressa após o advento do jornalismo na internet.
Egypto:
- Cinco anos atrás, no estouro da bolha pontocom, os executivos de mídia quebravam a cabeça para descobrir qual seria o modelo econômico do jornalismo na internet. Hoje, com a crescente consolidação dos meios digitais, a pergunta que se faz é outra: qual será, daqui a cinco anos, o modelo econômico do jornalismo impresso?
O jornalismo está mudando em função da crescente simbiose das mídias. E muito embora o jornal em papel seja insubstituível, por motivos vários, alguns deles correrão sérios riscos de sobrevivência caso não se adaptem aos novos tempos.
O desafio é grande. Alguns dos diários mais importantes do mundo já trabalham na fusão de suas redações “de papel” com as de internet. Mas a questão que ainda assalta a todos diz respeito a como gerar valor a partir dos conteúdos oferecidos na Web.
Na economia digital, quanto maior o número de utilizadores, a um custo próximo do zero, maior o valor do produto ou serviço. Por enquanto parece difícil entender isso. E os próximos anos prometem fortes emoções para a imprensa.
texto retirado de: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/oinoradio.asp?id={301C7B19-8074-4EEA-9915-F78B165DB3FE}&data=200512
Resolvi então procurar quais foram algumas alternativas que surgiram e coloquei aqui as que eu considerei mais interessantes...
Retiradas de: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/net_arquivo.asp?edi_i=350&edi_f=359
CNN Pipeline
CNN na rede O novo serviço de vídeo da CNN chamado Pipeline conta com quatro canais de
vídeo com conteúdo pago noticioso exclusivo na web. O serviço tem como público alvo as pessoas
que estão em escritórios e não têm uma televisão por perto. Com isso, a emissora segue sua
estratégia de construir uma "CNN web", disponibilizando vídeos ao vivo, arquivos e clipes das
notícias. Para os internautas usarem o CNN Pipeline, os assinantes precisarão fazer um download
de um video player. Por enquanto, é possível assistir a uma demonstração gratuita. Em inglês.
Google news em português
A versão em português do serviço de notícias online do Google, o Google News, coleta notícias de
mais de 200 veículos online do Brasil e de Portugal, que são atualizadas a cada 15 minutos. As
matérias são separadas nas editorias de Saúde, Entretenimento, Esportes, Ciência e Tecnologia,
Negócios, Brasil e Internacional. O internauta pode optar por criar um layout personalizado, de
acordo com os assuntos e editorias de seu maior interesse, e por receber atualizações via e-mail
sobre os assuntos definidos por ele.
Newsacademic
Jornal internacional para crianças O Newsademic é direcionado às crianças e àqueles que estão
estudando inglês como língua estrangeira. O jornal tem como objetivo educar e informar sobre
temas internacionais do dia-a-dia. O Newsademic é distribuído por e-mail a cada quinze dias e
pode ser lido na tela ou impresso. Não são publicados anúncios, nem artigos sobre televisão,
esportes, jogos, ou cultura popular. O foco é nos eventos internacionais que afetam o mundo em
que vivemos. Os países que aparecem nas matérias são mostrados em um mapa mundial. O
jornal é exclusivo para assinantes, mas um exemplar gratuito pode ser visto em seu sítio. Em
inglês.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
A cauda longa do jornalismo
Um site interessante para quem quer conhecer a opinião da tribo jornalística ou mesmo ficar por dentro do que acontece no mundo é o jornalistasdaweb. Dando uma voltinha por lá, acabei encontrando um texto que tem tudo a ver com a proposta deste blog. Acredito até que serviria como post inaugural do site. Mas como uma das vantagens da internet é a liberdade que o opinador tem em relação ao tempo, não vejo problema em publicar algo no meio da discussão.
Explicações feitas, falaremos do texto em si. Em A cauda longa do jornalismo, João Carlos Rebello Caribé tenta de uma maneira sucinta fazer um panorama do jornalismo da atualidade. Para isso, ele se apóia em diversos trabalhos, entre eles o livro A Cauda Longa do americano Chris Anderson. Só para adiantar um pouco o assunto o tema central do artigo é o debate entre novo jornalismo X a credibilidade do jornalismo tradicional. Fica aí a dica de leitura de um texto que apesar de parecer um pouco superficial toca em um assunto importante.
Artigo na íntegra:http://www.jornalistasdaweb.com.br/index.php?pag=displayConteudo&idConteudoTipo=2&idConteudo=3118
Explicações feitas, falaremos do texto em si. Em A cauda longa do jornalismo, João Carlos Rebello Caribé tenta de uma maneira sucinta fazer um panorama do jornalismo da atualidade. Para isso, ele se apóia em diversos trabalhos, entre eles o livro A Cauda Longa do americano Chris Anderson. Só para adiantar um pouco o assunto o tema central do artigo é o debate entre novo jornalismo X a credibilidade do jornalismo tradicional. Fica aí a dica de leitura de um texto que apesar de parecer um pouco superficial toca em um assunto importante.
Artigo na íntegra:http://www.jornalistasdaweb.com.br/index.php?pag=displayConteudo&idConteudoTipo=2&idConteudo=3118
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